Não é propriamente original, mas temos aqui um quebra cabeças bem relaxante e desafiante com muita pinta. Estou a falar de Hexio da Logisk Studio Inc., um jogo bem flexível e elástico que temos neste momento grátis na App Store.
Objectivo: Juntar pequenos hexágonos da mesma cor. Cada hexágono tem um número, que nos indica o número de ligações que cada um deles tem de ter entre eles. Portanto, um hexágono vermelho com um número 2, tem de ter duas ligações para outros dois hexágonos vermelhos. Fazemos estas ligações até chegar a zero em todos os hexágonos, e está feito.
Mas esta tarefa de esticar um elástico de um hexágono até ao outro, começa a ser tarefa difícil, pois há obstáculos que não nos permitem passar com o elástico, e existem uns pontos que servem de âncora, os quais têm de ser obrigatoriamente contornados com um elástico apenas.
Junta-se a isto hexágonos que podem ser ligados com mais do que uma cor, e a impossibilidade de atravessar elásticos uns por cima dos outros, e temos um quebra cabeças que é ao mesmo relaxante (pela sua banda sonora em piano), e também desafiante q.b., ao longo dos seus quase 100 puzzles. Boa sorte!
Sou fascinado com os jogos de sobrevivência onde temos de explorar uma ilha, encontrar todo o tipo de recursos e construir coisas, mas raramente tenho o tempo necessário para jogar algo tão extenso. Decidi experimentar a versão pequena desse tipo de jogo, como é o caso deste Tiny Island Survival da GAME START LLC, onde temos de explorar uma pequena ilha, fazer pequenas construções, derrotar pequenos monstros, etc, etc.
Este jogo mistura uma série de géneros, e apesar de parecer um "idle game", não é disso que se trata. Aqui temos de facto um jogo de exploração e sobrevivência misturado com um RPG e dungeon crawler, tudo em tamanho pequeno como é óbvio.
Começamos o jogo naufragados numa pequena ilha deserta, que ao avistarmos fumo do outro lado da ilha depressa percebemos que poderemos não estar tão sozinhos assim. Teremos então que explorar todos os cantos da ilha para descobrir os seus segredos.
Há que começar simples, com o desbastar de pequenos arbustos e apanhar algumas pedras, para num instante se conseguir construir um pequeno machado, que nos permite deitar algumas árvores abaixo, e assim conseguir contruir uma cabana para descansar, e todo o tipo de ferramentas necessárias para explorar outros recursos da ilha.
Pelo caminho encontramos nativos da ilha com quem fazer trocas, alguns monstros, minas para obter materiais preciosos, e alguns locais que nos indicam que há muito mais para explorar, mais lá para o cimo da montanha. No geral, é um jogo muito interessante que não nos leva tanto tempo como o um jogo de sobrevivência a sério, mas ideal para jogar um bocadinho aqui e ali.
Um ser mascarado será a derradeira barreira para nos libertar dos terríveis seres das sombras. Já joguei há muito tempo este Towaga da Sunnyside Games, que foi renovado nos seus gráficos e compatibilidade com os iPhones mais recentes, e podem encontrá-lo hoje grátis na App Store.
Neste jogo vestimos a pele de Chimù, um estranho ser que detém o poder da luz, que teremos de utilizar com mestria para proteger o templo de Towaga do ataque impedioso dos seres das sombras. Este é um jogo de acção que nos vai deixar frenéticos a testar os nossos reflexos ao máximo.
Com as criaturas a surgirem por baixo pelos lados a subirem para o topo do templo, e com outras a virem pelos ares, teremos de manipular o joystick virtual a 360º para eliminar todos estes monstros. Ao pontar o joystick disparamos a luz das nossas mãos, que eventualmente elimina as sombras, mas do lado esquerdo temos um botão de disparo que nos dá um raio mais potente por alguns segundos, ideal para aqueles momentos em que são inimigos demais à nossa volta, ou temos alguns morcegos chatos a disparar contra nós sem mercê.
Vejam aqui em baixo o vídeo de apresentação do jogo, que já vos vai deixar de boca aberta com a qualidade gráfica impressionante deste jogo, assim como os seus efeitos sonoros e banda sonora. O jogo é tão bonito e desafiante, que acabou por chegar a sua continuação ao Apple Arcade, o que é ainda mais espectacular que o original.
Se repararem ali do lado direito do blog, há um jogo que nunca perdeu o seu lugar de destaque. Trata-se do jogo gratuito Kingdom Rush, que foi dos primeiros jogos de Tower Defense que me chamaram à atenção no iPhone pela sua qualidade. Quando vi a estreia de Legends of Kingdom Rush da Ironhide, a semana passada, pensei logo que era mais um, mas afinal parece que se viraram para os combates RPG por turnos, e foi algo que fizeram mesmo muito bem.
A Ironhide não brinca, e como tal em Legends of Kingdom Rush temos um jogo magnífico. Fora do seu habitual dos jogos de Tower Defense, como já tinha acontecido no seu último jogo de estratégia em tempo real, agora estamos perante um jogo de fantasia RPG de combates por turnos, e temos aqui uma pérola de jogo.
Se não experimentaram ainda o Apple Arcade, vocês não estão a perceber aquilo que estão a perder ao nível de jogos. Há jogos de grande qualidade aqui, e muitos deles já terminei (os que eram de terminar), e outros continuo a jogá-los dia sim dia sim, dia sim dia não, semana sim semana sim. :D
Legends of Kingdom Rush é mais um daqueles jogos que nos deixa viciados e a querer experimentar novas combinações de heróis para tentar novamente um determinado cenário. Sempre que entramos o cenário, os inimigos e os combates mudam, por isso faz todo o sentido que o façamos com uma nova combinação de heróis.
Podemos aumentar o número de heróis durante um jogo, podemos melhorar os nossos heróis durante o jogo, podemos melhorá-los entre jogos, como qualquer RPG digno do seu nome, é possível obter todo o tipo de poderes e melhorias, tudo coisas que nos obrigam a repensar a estratégia para ultrapassar determinado nível ou cenário com chefões super potentes. Apple Arcade meus caros, é experimentar um mês gratuito, ou pago, não importa, vale bem a pena.
Não inventa a roda, mas o jogo gratuito Color Gobble de Seema Datar, tem como base uma ideia que ainda não vi por aí pela App Store, e é extremamente divertido e viciante, ao termos que sobreviver com a nossa bola o máximo de tempo que conseguirmos.
Começamos com uma pequena bola, e o nosso objectivo à medida que vamos avançando em frente é coleccionar bolas da mesma cor que a nossa bola. Sempre que comermos bolas da mesma cor, somamos o seu número ao nosso, e aumentamos de tamanho.
Bolas cinzentas fazem com que a nossa bola perca peso, subtraíndo o valor da bola cinzenta em que tocarmos, e se por ventura esse valor ultrapassar o valor da nossa bola (estamos perante uma bola cinzenta gigante), perdemos o jogo.
É que de repente atingimos um tamanho que nos põe a ocupar o ecrã inteiro, e para escapar às bolas cinzentas teremos que fazer os impossíveis para nos encostarmos do lado esquerdo ou direito do ecrã, fazendo com que metade da bola fique de fora do ecrã, e até de escolher entre o melhor dos cenários horríveis (quando temos duas bolas enormes cinzentas à nossa frente).
Há também alguma estratégia envolvida como é óbvio, por exemplo, por vezes pode ser benéfico apanhar umas quantas bolas cinzentas, para reduzirmos de tamanho o suficiente para evitar tocar naquela bola cinzenta gigante que vem ali, e que nos fará com toda a certeza perder o jogo.
Boa sorte a não ficarem viciados como eu, em tentar chegar o mais longe possível, e obter a maior pontuação ou a maior bola. O jogo é gratuito e conta com publicidade se quiserem continuar o jogo onde perderam pela primeira vez. Boa sorte!
Dos criadores da aventura premiada e aclamada pela crítica, 80 Days, chega-nos agora uma nova aventura daquelas onde escolhemos o nosso destino ao virar de cada página. Estou a falar de Overboard! da inkle, um jogo, um thriller, um quebra cabeças, onde temos de nos safar da acusação de homicídio do nosso marido.
Sou super fã de jogos onde há um crime para resolver, seja o clássico Cluedo, ou o antigo Murder para o Commodore Amiga, o qual perdi horas e horas da minha vida a dar uma de Poirot ou Jessica Fletcher, e como tal este Overboard! piscou-me o olho mal apareceu na App Store a semana passada.
Mas neste jogo não temos de resolver um crime, mas sim tentar safarmo-nos de um crime que cometemos logo no início do jogo. A nossa personagem, Veronica Villensey (vilã dos mares??), viaja a bordo de um navio com o seu marido no ano de 1935, a caminho dos Estados Unidos da América, para começarem uma nova vida. Farta do seu marido, atira-o borda fora durante a noite, e é assim que começa esta aventura.
Acordamos às 8 da manhã, e temos 8 horas até chegar a terra, tempo suficiente para nos livrarmos de uma acusação de homicídio, ou tentarmos apontar as culpas para qualquer outro passageiro a bordo do navio. É uma aventura onde temos de conversar com os tripulantes e passageiros, perceber as suas motivações, o que viram na noite do crime, se podem ser chantageados ou comprados, ou mesmo se temos de os matar para nos livarmos da acusação o tempo suficiente para escapar às garras da justiça.
Somos completamente livres de escolher o nosso destino, e há algumas dicas que nos vão sendo dadas numa pequena caixa com uma espécie de objectivos, que nos podem orientar numa determinada direcção. Mas somos livres de fazer aquilo que muito bem nos apetece, inclusive tentar matar toda a gente a bordo do navio :D Boa sorte com isso.
Por um lado temos de ter muito cuidado com o que dizemos aos passageiros e tripulantes, porque quando é chegada a hora de atracar, são todos chamados até ao restaurante do navio, e é aí que serão apuradas as culpas. E se dissemos uma coisa a uma pessoa, e algo diferente a outra, seremos apanhados na mentira, e será muito difícil escapar à acusação de homicídio do nosso marido.
Por outro lado, teremos de andar muito atentos aos timings de toda a gente, pois anda tudo a passear pelo navio, estando em locais diferentes a diferentes horas. Se queremos apanhar o comandante no seu posto, já sabemos que ele só entra ao serviço a partir das 9, e das 11 às 12h anda a fazer as rondas, coisas que vamos aprendendo sempre que repetimos o jogo. Portanto, ser acusada do crime no final não tem mal nenhum, pois aprendemos com os nossos erros, e da próxima vez já sabemos que temos de fazer algo diferente.
É portanto uma espécie de Groundhog Day, onde iremos repetir este dia vezes sem conta, até encontrarmos um final que nos agrade, ou mesmo para encontrar o máximo de finais que conseguirmos. Um em que vamos presos, outro em que nos safamos de ser acusados, outro em que conseguimos incriminar outra pessoa (o que é muito divertido), e até tentar usar o nosso charme para conquistar o coração do comandante e pô-lo a mentir por nós.
Também muito divertido são as conversas com as pessoas e o humor negro presente em muitas delas. Há puzzles para resolver se quisermos incriminar outras pessoas, e há até mistérios a bordo que teremos que desvendar se quisermos, tentando por exemplo conseguir a chave mestra do comandante para entrar em qualquer aposento do navio.
Este é mais um jogo espectacularmente bem conseguido por parte da inkle, e que não deixará decepcionado nenhum fã deste tipo de jogo "choose your own adventure". Como nos jogos onde temos de resolver crimes, há que ter muita atenção ao detalhe, e às palavras que são usadas, que aqui serão com toda a certeza utilizadas contra nós. Boa sorte a resolverem este crime de forma invertida :D
