Estreou com grande sucesso nos PCs de milhares de jogadores, tanto pela sua qualidade gráfica, com os seus cenários e animações desenhados à mão, como pela parte sonora, onde temos vozes de grande qualidade e músicas com rimas fantásticas a fazer lembrar um filme de Tim Burton, como The Nightmare Before Christmas por exemplo.
Só por isto, pelas rimas, pelo humor, pela história que nos conta, que passa ao de leve pelo campo da psicologia, já podíamos estar perante um jogo magnífico, mas quando vamos a ver a sua jogabilidade, as cenas de acção onde temos de derrotar os ajudantes dos pesadelos, e os puzzles que há para resolver, posso dizer que é mesmo um grande jogo que temos em mãos.
O nosso herói é Dusty, a antiga voz da coragem da mente, que é arrancada de uma espécie de aposentação ou reforma por Piper, um pássaro optimista, para que volte a ser a voz da coragem do antigamente, onde nada temia, e assim fortalecia a mente e mantinha os pesadelos e pensamentos negativos bem longe.
Os cenários são como se fossem os caminhos no interior da mente, onde atravessam os lados esquerdo e direito da mente, com o esquerdo a ser a lógica e onde se vêem vários relógios e mecanismos por todo o lado, e o lado direito a criatividade, onde habitam os sons, a música, e todo o tipo de artes.
Os inimigos deste jogo são as várias criaturas que personificam os pesadelos, cada um com a sua personalidade e feitio, com as suas músicas e rimas malucas que nos deixam com um sorriso nos lábios pela sua originalidade, e também com os diferentes ataques e ajudantes que nos dificultam a vida.
Mas como voz da coragem, vamos munidos de uma espada para combater estes bandidos, sendo um jogo de correr para fugir dos seus ataques (temos um botão para rolar rapidamente pelo chão), e atacá-los de imediato com a nossa espada até serem finalmente derrotados. A dificuldade não é muito grande, mas é um jogo que requer um bom timing.
Fica o aviso para aqueles que apenas gostam da parte de resolver puzzles e quebra cabeças, pois até em alguns puzzles é necessário ter alguns bons reflexos e um óptimo timing. Mas nada que seja demasiado complicado e não se resolva à segunda ou terceira tentativa. Os puzzles não são muito complexos, e nos primeiros capítulos envolve pegar em baterias eléctricas para activar moínhos ou outros mecanismos, e assim desbloquear passagens e activar outros objectos importantes, etc.
O joystick flutuante do lado esquerdo funciona muito bem para controlar o nosso personagem, se bem que às vezes podemos deslizar com o dedo demasiado para o meio do ecrã, tapando um pouco a área do jogo. Mas nada como voltar a levar o dedo para o canto para não chatear. De qualquer maneira, é possível jogar com um controlador MFi ou o PS4 Dual Shock e controlador da XBOX, que até recomendo mais do que o joystick virtual.
O jogo é muito bonito, um festim visual, cheio de carisma e humor, com músicas lá enfiadas pelo meio com os vilões a cantarem em rimas fantásticas e divertidas, e é uma verdadeira mistura entre quebra cabeças e acção e aventura.
Por isso, não percam tempo, instalem o jogo, que podem encontrá-lo grátis na App Store, e o qual têm dois capítulos para jogar de forma completamente livre. A partir daí podem investir numa compra in-app para desbloquearem o jogo na sua totalidade, o que não é nada difícil tendo em conta a qualidade deste Figment.
Figment na App Store
Tamanho: 794.8 MB
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