Na verdade o jogo pode ter o significado que quiserem retirar dele, seja ele algo mais superficial ou mais profundo, o que podemos observar é que temos aqui uma menina que vê a sua imagem no espelho partir-se em milhares, com várias partes de si (luz e sombra) a fugirem em todas as direcções.
Assim começa a nossa aventura, na procura pelas partes luminosas do seu ser, ao mesmo tempo evitando ao máximo as partes sombrias, que ao entrarem em contacto com a menina nos fazem perder e reiniciar o nível onde nos encontramos (há checkpoints, não se preocupem).
O jogo é sombrio, muito escuro, contrastado com luzes brancas intensas que teremos de manipular para resolver os puzzles. O ambiente é um pouco claustrofóbico, pois não vemos grande coisa para além do que está à frente do nariz da menina, e nas sombras estão as perigosas partes sombrias da alma da menina, que correm na sua direcção para a apanharem.
Podemos evitar o contacto com estas meninas sombras, bastando para isso ter um obstáculo a esconder-nos da visão da sombra, ou então ter uma barreira de luz entre nós, que é algo que destrói a sombra caso esta tente atravessá-la a correr, ou então onde simplesmente vai até à barreira, bate furiosa com as mãos e volta para trás.
A partir da terceira ou quarta porta que atravessamos, os puzzles começam a aumentar a sua complexidade, obrigando-nos a mover colunas de luz, rodá-las na direcção certa para iluminar interruptores que activam e desbloqueiam plataformas móveis e outras partes do puzzle. Temos também de manipular espelhos, que alteram a direcção da luz, e empurrar blocos para outras posições estratégicas.
Tentar evitar as sombras pode acabar por ser um jogo do gato e do rato, tentando andar sempre nas suas costas para que não nos vejam, ou tentar atraí-las para a luz para eliminá-las por completo. Pelo caminho temos de coleccionar todas as meninas de luz que encontrarmos, sendo esse o nosso objectivo principal.
A banda sonora e todos os efeitos sonoros estão espectacularmente bem concebidos, e por isso aconselho vivamente o uso de headphones, e claro, um ambiente bem escuro à nossa volta, porque é difícil ver o que se passa no jogo se estivermos num local muito luminoso, e porque o jogo ganha imenso se o jogarmos às escuras. Com um visual e puzzles a fazer lembrar um pouco o jogo Starman: Tale of Light, FRACTER é um jogo lindíssimo que agradará aos fãs de puzzles e não só.
FRACTER na App Store
Tamanho: 298.3 MB
FRACTER - Apps do iPhone Rating: 4,5
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