sexta-feira, 31 de agosto de 2018

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One Hour One Life for Mobile

Os jogos de sobrevivência estão na moda, mas não há nenhum na App Store como este One Hour One Life for Mobile da Wereviz, que nos põe num mundo online onde cada jogador é uma pessoa a tentar sobreviver e evoluir para o bem de todos, com apenas 60 minutos de vida (ou 60 anos), regressando depois numa nova geração como um bebé, e contando sempre com aquilo que as gerações anteriores fizeram para melhorar a humanidade, e por aí fora.


À superfície parece apenas mais um jogo de sobrevivência onde temos de apanhar todo o tipo de recursos naturais e combiná-los para obter objectos mais complexos, e por aí fora evoluíndo a civilização até aos dias de hoje e mais além.

 Desenganem-se. Ao entrarmos neste mundo, que é permanente e reside online num servidor, tanto podemos nascer como um adulto ou como um bebé, dependendo do equilíbrio que existe no momento entre jogadores adultos e bebés. Como adulto temos de começar de imediato a procurar comida (cada minuto é um ano de vida e a fome não perdoa), procurar uma pedra pequena e combiná-la com um pedregulho para obter o nosso primeiro objecto cortante, que é essencial para tudo o que viermos a fazer a seguir.

Se começarmos como um bebé, somos largados à nossa sorte, ou seja, largados perto da nossa mãe, que terá de pegar em nós e dar-nos leite, ao mesmo tempo mantendo-nos quentes, se for possível. Podemos ter a sorte de nascer numa pequena aldeia já com alguma organização, onde temos adultos que nos alimentam até chegarmos aos 3 anos (altura em que já podemos começar a colher bagas das árvores para comer e pegar em objectos), e contamos logo com a ajuda destes jogadores mais experientes. Mas o mais provável é encontrarmos uma mãe que também ela está em dificuldades para encontrar comida para ela, e que tanto nos pode abandonar para a sua própria sobrevivência, ou largar o seu último fôlego para nos manter vivos até conseguirmos ser mais autosuficientes.


O jogo está muito bem pensado ao nível de realismo, veja-se por exemplo quando nascemos como bebés, temos um teclado para poder falar com outros jogadores, mas apenas conseguimos dizer uma letra quando temos um ano, e aos 3 anos apenas conseguimos usar 3 letras para comunicar, eventualmente evoluíndo para a duas palavras inteiras e por aí fora.

Como não podia deixar de ser o jogo arranca em modo de tutorial, o que é obrigatório, pois os controlos não são muito simples à partida, mas acabam por se entranhar e num instante estamos a fazer tudo aquilo que precisamos sem grande stress. Mas há uma curva de aprendizagem, por isso estejam preparados para experimentar um pouco até perceberem bem como tudo funciona.

Podem ir procurar vídeos na internet e até Wikis e guias, mas o jogo é extremamente satisfatório se passarmos as primeiras horas a descobrir por nós próprios aquilo que temos de fazer. Juntar as folhas de umas plantas permitem-nos fazer um fio primitivo, e se juntarmos os fios conseguimos fazer uma corda, e tudo isto só pode ser descoberto na árvore tecnológica depois de ter sido construído. Tocar num objecto ou comida permite-nos perceber como obtê-lo e aquilo que podemos fazer com eles, mas muitas das coisas têm de ser experimentadas para se poder ver qual o alcance das suas capacidades.


O problema é que como jogo de sobrevivência que é, andamos sempre a correr à procura de comida, ao mesmo tempo tentando fazer outras coisas, o que não deixa muito tempo para ir explorar a árvore tecnológica das coisas que é possível combinar. Mas isto é algo a que nos vamos habituando, sempre que encontramos algo novo, seja porque foi colhido à mão, ou recolhido através de uma ferramenta, vamos sempre carregar no livrinho para perceber aquilo que podemos fazer com essas coisas.

Começem pelo básico, uma pedra afiada, uma cesta que nos permita transportar até 3 objectos pequenos ou comidas (ou sementes, fios, etc), procurem fazer fogo, construir um machado, e ter sempre comida de sobra de preferência, para vocês e para qualquer bebé que surja nos vossos braços de repente.


Mas as possibilidades deste jogo são imensas, imaginem que nascem numa aldeia que esteja já um pouco avançada. Aí poderão herdar o trabalho ou tarefa do vosso pai ou avô, passando a ser aquela pessoa que vai caçar coelhos, ou procurar comida para o resto da aldeia, ou qualquer outra tarefa importante que fica por fazer sempre que morre um jogador.

Há uma árvore de família onde podemos ver as gerações que já se passaram, e no caso de termos tido bebés, podemos ver como foram correndo as suas vidas daí para a frente, assim como dos seus filhos e netos, com a noção de que poderemos ter sido nós os responsáveis pela sua evolução. Este jogo não é para todos, mas para aqueles que apreciam este tipo de jogo de sobrevivência, este é com toda a certeza dos mais avançados e complexos que alguma vez encontrarão na App Store. Vejam aqui em baixo o vídeo de apresentação do jogo narrado pelo seu criador, Jason Rohrer, e fiquem fascinados.

Actualização: Passadas algumas semanas a jogar, vão perceber que este é um jogo onde vão querer voltar vezes sem conta, porque há sempre coisas diferentes para fazer, e há a grande possibilidade de todos os jogos serem diferentes, o que é ao mesmo tempo entusiasmante e altamente viciante. Se derem por vocês a sonharem com este mundo, não se admirem, pois temos aqui jogo para ficar nos vossos iPhones e iPads por muitos anos (enquanto houver servidores a funcionar, claro).


One Hour One Life for Mobile na App Store

Tamanho: 188.6 MB





One Hour One Life for Mobile - Rating: 5

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