À primeira vista pensamos na Zelda, pois temos muito de RPG clássico para viver aqui, e depois pensamos no Super Mario quando saltamos para um mundo carregado de plataformas, e depois um shooter vertical ou horizontal, e ainda um Beat' Em Up à Double Dragon, ou um Street Fighter, um Bejeweled (ou Puzzle Quest), um RPG com combates por turnos, um jogo de cartas coleccionáveis, um jogo de gestão de tempo onde temos de servir clientes num restaurante, um jogo com puzzles à Professor Layton, um jogo musical de ritmo à Guitar Hero, um Endless runner, um Bomberman, um Megaman, etc, etc.
Acreditem, Evoland 2 é bem capaz de ter mais de 20 horas de jogo à vossa espera, mas como a partir das 8/9 horas de jogo o mundo fica aberto para ser explorado livremente, há mini jogos que podemos repetir as vezes que quisermos, transformando este jogo num verdadeiro 10 em 1. Como podem ver nas imagens aqui em cima, num momento estamos a jogar um clássico RPG de 8 bits, e com um salto no tempo passamos para uma era com mais qualidade a 16 bits e uma banda sonora melhor que chiptune, passando para a era 32 bits onde tudo tem outro aspecto, tanto ao nível sonoro como visual.
O primeiro Evoland serviu como tubo de ensaio para o que viria a ser este Evoland 2, e apesar do primeiro não ter grande história para contar, o mesmo não se pode dizer deste segundo jogo, onde há uma belíssima história para viver, levando-nos a visitar 3 tempos diferentes, os quais acabamos por poder visitar à nossa vontade lá mais para a frente, saltando livremente entre o passado, presente e futuro (dos vídeojogos?)
O nome original do jogo pode explicar um pouco a aventura que temos pela frente, "Evoland 2: A slight case of spacetime continuum disorder", com as viagens no tempo a serem uma grande componente, tanto para nos transportar pela história dos vídeojogos, como para nos manter atentos à narrativa e perceber que alguns eventos que nos são revelados no passado, aparecem mais tarde em situações que reconhecemos tanto no presente como no futuro.
No jogo o nosso herói acorda sem qualquer memória de como foi ali parar, e depressa irá unir esforços com outros personagens para enveredarem nesta grande aventura juntos, e tentarem descobrir o que aconteceu naquela terra, no passado e no futuro, na grande e eterna batalha entre humanos e demónios (os demónios não são necessáriamente os maus da fita).
A primeira vez que vemos uma transição entre estilos e épocas de jogos, esboçamos um sorriso, com um salto em modo tutorial onde nos vão sendo explicados os controlos, e onde de repente se passa do ecrã verde e preto para um ecrã bem colorido e com mais detalhes e sons. Mas depois isto vai acontecendo com mais frequência e com saltos ainda mais espectaculares, onde nos vemos por exemplo a entrar num buraco no chão, e num instante passamos para o interior de uma caverna num clássico jogo de plataformas, ou mesmo um shooter horizontal.
O RPG é a base do jogo, e tudo o resto vai surgindo como mini jogos, apresentando-nos mais um modo de jogo diferente (shooter, beat'em up, cartas, puzzle, combates por turnos, plataformas, etc), sendo que alguns deles são bem extensos e recorrentes, como é o caso dos jogos de plataformas. E não se admirem de perder umas boas horas a combater jogadores atrás de jogadores nos jogos de cartas coleccionáveis até conseguirem obter todas as cartas que estão disponíveis, se forem mínimamente fãs como eu deste tipo de jogo.
Se o jogo tivesse apenas o modo de RPG já valia bem a pena, pois está muito bem conseguido, tanto ao nível de história como de jogabilidade, e mesmo ao nível dos puzzles que têm de ser resolvidos. Mas acrescentando todos os jogos que vamos encontrando no seu interior, e as múltiplas horas de jogo super divertidas que temos pela frente, este é de facto um jogo que irá ser apreciado pelos nostálgicos dos clássicos dos anos 90, assim como toda uma nova geração de jogadores.
Para os mais nostálgicos, podem estar atentos que o jogo está carregado de referências a jogos antigos que marcaram uma geração, o que vou deixar que descubram por vocês próprios, porque não há nada como uma boa surpresa para nos deixar com um sorriso rasgado na cara.
É verdade que há um mini jogo um bocado chato de controlar, que é aquele que nos transporta para o universo Street Fighter, onde queremos executar o famoso Hadouken do Ryu, e da mesma maneira que nas máquinas a maioria das pessoas se via à rasca para o fazer, aqui acontece exactamente o mesmo (se calhar é homenagem a 100%). Mas nada como derrotar o nosso adversário ao murro e pontapé, ou na pior das hipóteses alterar a dificuldade do jogo, que é algo que podemos fazer a qualquer momento.
O jogo permite-nos personalizar a posição dos joysticks para os diversos modos de jogo, mas também permite a utilização de um controlador externo MFi, o que se torna bem útil para alguns modos, como é o caso das aventuras nas plataformas por exemplo.
No fundo só posso recomendar vivamente este jogo pois é simplesmente um trabalho incrível da Playdigious, e deixo-lhes os meus parabéns por criarem algo tão espectacular como este Evoland 2. O jogo já andava por aí nos PCs e Macs há uns 2 anos, mas esta chegada aos telemóveis e tablets é muito bem vinda, e é algo que não podem deixar de experimentar se apreciam minimamente o mundo dos vídeojogos.
Evoland 2 na App Store
Tamanho: 580.3 MB
Evoland 2 - Apps do iPhone Rating: 5
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