Estavamos ainda nos primeiros anos do iPhone e eu festejava que nem um doido o lançamento dos originais The Secret of Monkey Island, completamente renovados com melhores gráficos e animações, mas ao mesmo tempo mantendo os gráficos originais para os mais nostálgicos. E depois, assim de repente, sumiram da App Store, sendo substituídos por novas fórmulas da história com Monkey Island Tales, para muita pena minha. Estes novos jogos da TellTale são fantásticos, não me entendam mal, mas eu adoro o estilo antigo point-and-click, que é agora completamente recuperado neste Thimbleweed Park, não fosse ele criado pelos artistas que o inventaram há tantos anos atrás.
Em Thimbleweed Park arrancamos a aventura a acompanhar os passos da vítima, o que é muito interessante para um jogo deste género, pois o primeiro personagem com que jogamos, o que nos permite ter um primeiro contacto com os controlos e como mexer no interface, morre de imediato (não é spoiler, deixem-se de coisas, pois quando virem as horas que vão passar de volta do jogo...).
De seguida saltamos para os personagens principais da história, os agentes federais Ray e Reyes, qual Mulder s Scully dos X-Files, que vêm para a cidade para tentar resolver o crime. Ok, não sabemos se é mesmo isso que têm em mente, pois cada um tem o seu interesse particular pelo caso ou pela cidade. E também não são os personagens principais, já agora, que este jogo tem muito que se lhe diga.
O jogo permite-nos saltar livremente entre os dois personagens, o que se torna essencial para que cada um vá explorar livremente diferentes partes da cidade, falar com os vários personagens estranhos que se encontram espalhados por Thimbleweed Park, a começar pelo Xerife, que é um personagem bem divertido.
É importante esta possibilidade que temos de saltar entre personagens, pois muitas vezes precisaremos que um deles desenrasque o outro de uma maneira ou outra, ou até mesmo para conseguirem certas coisas, onde ambos têm de estar em lugares diferentes ao mesmo tempo.
A narrativa vive de alguns flashbacks quando nos é contada alguma história por um dos habitantes, o que nos leva a jogar o flashback a seguir as pegadas de um outro personagem novo, o que é muito interessante. Isto leva-nos a pensar que há a possibilidade de podermos jogar com vários personagens, e é mesmo isso que acontece mais à frente, podendo saltar entre uma série de personagens importantes para avançar a história e o grande mistério que rodeia a cidade de Thimbleweed Park (o assassínio do início é apenas um grão de areia nesta história toda).
Dos agentes federais passamos às aventuras e desventuras de um palhaço que diz imensas caral(BEEP)hadas, com um humor bem duvidoso, a uma pequena geek que quer ser progamadora de jogos, até mesmo a um fantasma com muitas coisas para resolver antes de abandonar este plano de existência.
Há muitos personagens hilariantes presentes nesta aventura, muitas referências aos jogos antigos da Lucas Arts (uma referência ao Monkey Island pode ser apanhada logo nos primeiros minutos de jogo), e ideias absolutamente loucas, e bem adaptadas à época que vivemos actualmente.
Com uns gráficos altamente detalhados e lindíssimos, uma banda sonora noir que fica no ouvido, como em qualquer bom Thriller, um trabalho de vozes soberbo, e uma história completamente doida (à Maniac Mansion), temos aqui um jogo para os fãs destas aventuras point-and-click clássicas dos anos 80/90, mas também temos jogo para uma nova geração de jogadores que têm mesmo que experimentar este tipo de jogo point-and-click, pois não se irão arrepender.
Vejam aqui em baixo o vídeo de apresentação do jogo, que nos mostra um pouco da loucura que nos espera, e preparem-se para perder umas largas horas da vossa vida a tentar resolver o mistério de Thimbleweed Park, o que será com toda a certeza um prazer para muitos jogadores.
Thimbleweed Park na App Store
Tamanho: 985 MB
Thimbleweed Park - Apps do iPhone Rating: 5
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