quarta-feira, 26 de março de 2014

Quest of Dungeons

Sou grande fã de jogos de estratégia por turnos, mas ainda mais quando os podemos jogar de uma forma célere e descontraída. É o caso do jogo Quest of Dungeons de David Amador, que se parece com alguns RPG's que já surgiram na App Store, mas é na verdade o mais divertido e mais viciante que já joguei.



Ninguém gosta de ficar às escuras, mas foi o que aconteceu na terra de Virul. Um terrível feiticeiro aprisionou toda a luz de Virul numa lanterna, e escondeu-a nas ruínas da velha mansão de Omphar.

De entre 4 guerreiros com habilidades distintas (4 classes diferentes), apenas um deles será o herói escolhido, com coragem suficiente para enfrentar esta masmorra carregada de perigos, desde armadilhas, feiticeiros poderosos, a todo o tipo de monstros terríveis.


Este dungeon crawler por turnos é muito bem humorado, e isso vê-se logo pelo início do jogo, com os 4 guerreiros à volta da fogueira a decidirem quem é que há-de entrar na masmorra. A partir do momento em que escolhemos um dos 4 (Warrior, Wizard, Assassin ou Shaman), todos os outros o tentam convencer a ir sozinho, que é o mais poderoso dos 4, e mal este vira costas, riem-se à sua custa, e da sua mais que provável morte.

Sim, preparem-se para morrer muitas vezes, logo no primeiro passo que derem, é morte certa (confiem em mim)! Em Quest of Dungeons a morte é definitiva (também conhecida como permadeath), e por isso há que ter muita atenção ao nossos movimentos pela masmorra e também aos combates que fazemos. Basta uma pequena distração para deitar por terra todo o progresso alcançado até esse momento (armas, comida, poções, feitiços, assim como as habilidades do nosso herói, vai tudo a zeros e temos de começar de novo).


Como temos 4 classes diferentes, cada uma se adaptará melhor à maneira de jogar de cada jogador. O Guerreiro ataca as criaturas que estiverem na casa imediatamente ao seu lado, o Feiticeiro ataca à distância com os seus feitiços, o Assassino é potente a atacar de perto assim como à distância com o seu arco e flechas, e o Xamã é uma mistura de Guerreiro com Feiticeiro, podendo atacar com armas e ao mesmo tempo com magias.

Para além dos truques específicos de cada classe, podemos apanhar na masmorra livros de feitiços que nos permitem aprender novos truques para usar contra os nossos inimigos. Estes feitiços permitem-nos fazer ataques espectaculares como petrificar os monstros com um grito de terror, envenená-los para que percam energia a cada movimento, etc, etc.


Como se trata de um jogo de estratégia por turnos, cada movimento ou ataque nosso é seguido de um movimento ou ataque do inimigo. Apesar de podermos tocar no ecrã e mover o nosso herói para qualquer lugar no ecrã, há que ter atenção que um quadradinho corresponde a um movimento, e que o inimigo se moverá tantas casas como nós. Caminhar com cautela e dar passos curtos pode evitar uma morte desnecessária, caso nos apareça um monstro potente pela frente. Para atacar com a arma basta tocar no respectivo monstro se estiver ao nosso alcance, ou em alternativa activar um feitiço primeiro, e depois tocar no inimigo.

O que é interessante no jogo é que ao morrermos toda a masmorra se reconfigura dinamicamente, sendo completamente diferente da anterior, novos desafios, salas, inimigos, objectos para apanhar, tudo está agora em locais diferentes, gerados de forma aleatória. Como vamos morrer bastantes vezes, teremos aqui a oportunidade de experimentar rapidamente as 4 classes de heróis, para ver qual a que melhor se adapta à nossa maneira de jogar.


Nos botões do lado direito podemos escolher entre a arma para atacar, ou os feitiços (os quais podemos alterar tocando no ícone do livro). Nos botões do lado esquerdo temos acesso aos menus do inventário, características do nosso personagem e aventuras. É aqui também que podemos aceder ao mapa, ajuda essencial para perceber quais as salas que ainda temos para visitar.

Mas nem tudo é assustador nesta masmorra, pois de vez em quando lá damos com um mercador escondido, onde podemos vender as pedras preciosas e outros elementos que não nos interessam, e comprar poções, feitiços, armas mais potentes, etc.


Como se pode ver pelas imagens mais acima, podemos jogar com o iPhone orientado na horizontal ou na vertical, e isto vai da preferência e hábito de cada um. O que importa é que é um jogo que pode ser jogado usando apenas um dedo, e dependendo da dificuldade escolhida (fácil, média, ou difícil), podemos avançar pela masmorra a toda a velocidade, ou então com muita cautela.

A música é agradável mas os efeitos sonoros estão tão bem conseguidos, que se quisermos é possível desactivar a música e ouvir apenas os barulhos da masmorra e dos monstros que nela habitam. Os gráficos com o seu aspecto retro 16-bit são muito agradáveis, e deixam-me cheio de vontade de pegar no meu Amiga 500 e no fantástico Hero Quest.

Pelo preço de pouco mais que um café, levam aqui um belíssimo RPG para fazer uns jogos rápidos num iPhone ou iPad (trata-se de uma app universal). E para abrir o apetite vejam aqui em baixo o vídeo de apresentação do jogo, que é muito bem humorado, e nos mostra os 4 heróis em acção no interior da masmorra.


Quest of Dungeons na App Store (Brasil)

Quest of Dungeons na App Store (Portugal)

Tamanho: 31.6 MB



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