Nesta aventura acompanhamos a viagem da Princesa Ida através de uma série de edifícios e monumentos, quase todos com uma arquitectura impossível (ou pelo menos, apenas possível num mundo digital 2D / 3D), onde teremos que manipular interruptores e alavancas, para alterar a sua estrutura e perspectiva, de maneira a que a nossa princesa consiga chegar até à saída de cada um destes cenários incríveis.
O jogo é altamente intuitivo ao nível dos controlos, onde apenas temos de tocar em qualquer lugar com o dedo para que a princesa se mova até esse ponto. Se ela não se mexer, é porque não consegue chegar lá, e é aqui que começamos a ter que manipular as partes móveis da estrutura, de maneira a obter novas perspectivas, novas passagens.
Um caminho que nos parece impossível à partida, um precipício enorme na frente da princesa, pode ser facilmente ultrapassado rodando uma alavanca, que por sua vez faz com que um determinado bloco se una com outro num patamar mais acima (e é aqui que se quebram todas as regras que conhecemos da física e geometria, mas de uma forma brilhante).
Por exemplo, olhando para a figura em cima, não percebemos como é que a pequena princesa vai chegar ao local da saída no topo da estrutura, mas com um toque aqui e um rodar de uma peça ali, acabamos por conseguir uma nova perspectiva da estrutura (aos nossos olhos), o que permite que a nossa heroína consiga atravessar novas passagens que não estavam lá anteriormente. Preparem-se também para caminhar nas paredes, que a gravidade é algo que pode deixar de existir de um momento para o outro, como neste famoso desenho do Escher.
Para além das alavancas que podemos rodar com o dedo e dos interruptores que a princesa pode pisar no chão, temos de ter também atenção aos círculos presentes nas diferentes peças que compõem o monumento, pois são eles que nos indicam que estamos perante uma peça que se move, ou mesmo até de algo que nos permite rodar todo um monumento.
A banda sonora é soberba, mas todos os efeitos sonoros que vêm agregados a estes cenários animados são também espectaculares. O barulho da água de uma cascata, os ruídos dos mecanismos a trabalharem no fundo quando activamos um interruptor ou rodamos alguma alavanca, os sons do piano e guitarra acústica quando manipulamos o cenário, como se fosse uma autêntica caixinha de música, etc, são belíssimos.
Os puzzles não são muito complexos, o que agradará aos jogadores casuais, mas a sua dificuldade vai aumentando com a introdução de alguns indivíduos que se assemelham a uns corvos irritantes, que nos barram a passagem, e berram quando nos encontram à sua frente, e também com os níveis a ficarem cada vez mais extensos, onde a passagem por uma porta nos leva para outro monumento, e por aí fora, todos interligados, e cada um com um ou mais puzzles para resolver, ficando cada vez mais difícil descobrir imediatamente a solução.
Podem ver aqui em baixo o vídeo de apresentação do jogo, que já nos transmite a ideia e feeling geral do jogo. Mas não há nada como o experimentar na primeira pessoa, por isso deliciem-se com este jogo completamente fora do comum, que é mais uma obra de arte que outra coisa, onde vamos querer repetir tudo de novo quando chegarmos ao final, nem que seja para mostrar a outra pessoa o que seria caminhar sobre as estruturas espectaculares imaginadas por M. C. Escher.
Segundo os seus criadores, estão pensados novos desafios para uma próxima actualização, isto se o jogo tiver a fama que é esperada. Pelo que eu posso ver, acho que temos um vencedor em mãos, por isso venham lá mais monumentos e mundos impossíveis, que o povo agradece.
Monument Valley na App Store (Brasil)
Monument Valley na App Store (Portugal)
Tamanho: 147 MB
Monument Valley - Apps do iPhone Rating: 5
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